sexta-feira, fevereiro 02, 2007

medo

Música dedicada ao Zine Literário Demo Cognítio

Mundo, te vi hoje cedo
Olhei nos teus olhos
Confesso, tive medo.

Mundo, me indica um caminho seguro
Onde eu possa andar sozinho
Sem me perder no teu escuro.

Mundo, são tantas promessas de paz,
Ameaças de paz...

Mundo, o que mais me interessa
É ver que a conversa fiada foi paga
Por quem não se desprega da má conduta
Que desperdiça a paciência pública,
Nos colocando em meio à disputa estúpida.
Representação
Que ignora a inteligência súdita
Alguma coisa disfarçada de República.

Não tenho mais nada a dizer
Nem lágrimas.

Não tenho mais nada a expressar a não ser...

Está tudo bem, estou legal!
Não preciso de ajuda pra levantar!
Já me acostumei com o jeitinho brasileiro de ser.


Torturado, execrável
Burro de carga com sorriso estampado
domado, o melhor amigo do homem sem pedigree
Humilhado e permanentemente calado.


Me diz o porquê, me diz o porquê
Medo, medo, medo.

Não tenho mais nada a dizer
Nem lágrimas.

Não tenho mais nada a expressar a não ser...

Um comentário:

Reginaldo Mesquita disse...

Até então, tinha medo do mundo e de seu escuro, de estar perdido, sem direção, objetivo ou função. Não tão de repente, decidi adotar a seguinte postura: viver sem ser capaz de responder a tudo. As coisas não clarearam tanto assim depois de tal decisão, nem consegui extinguir o medo que ainda sinto, mas já consigo me movimentar, tateando devagar o que me cerca e me desviando com cautela daquilo que tenta impedir tal movimento.
É impressionante como até minha respiração não mais acelera quando estou no mundo da informação que é a biblioteca ou a net, meus principais medos. Hoje até tenho Medo de que gosto bastante!