terça-feira, novembro 13, 2007

Primeiro segredo

Caminhando contra o tempo
Passeando por minhas recordações
num tempo em que eu tomava baré tutti-frutti

Enquanto tantos se envergonham
do passado, um passado que mora ao lado
do lado de dentro das minhas emoções

Sou criança: menino bontito ai, menino bonito ai
Irritantemente adorável
Das lembranças que tenho de meu pai,
sou o filho que ele sempre quis ter, e ver crescer
-Vai trabalhar, meu filho, vai!
-Vai trabalhar, meu filho
Pai, o mundo não é meu nem seu
Você não disse
que a velhice iria nos perseguir por toda a vida
até que ela me encontrasse
Ah, se todos se perguntassem quantos anos têm
saberíamos de pessoas com mais de cem eu

Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi
tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si
tenho saudade da rua onde cresci e sentia um pouco de medo
hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo

Quem não tem medo, meu amigo, do inimigo do tempo?
que faz com que o vento sopre em nossas caras
a verdade de que tudo passa

Somos a massa da poeira estelar
Somos a massa da poeira estelar
Somos a massa A massa Que massa

Hei de confessar que eu tenho medo daquilo que entope a aorta
eu tenho medo de quem se esconde atrás da porta e não quer entrar

Somos a massa da poeria estelar
Tudo porque a idade chegou
O peso da idade chegou, meu pai

Tenho saudade cansada dos problemas que eu já resolvi
tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si
tenho saudade da rua onde crescia e senti um pouco de medo
hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo

Meus cuidados te roubaram meu passado, pequeno

sábado, junho 23, 2007

novidade ideológica

dedicado à mafalda (Quino)

identidade alterada
nova caminhada, inovações
falhas na memória
lembro-me de outra história, confusões
braço erguido
não foi isso o desejado, convulsões
mundo sem gravidade
nada pesa nos ombros, alucinações

a palavra sobe e desce no elevador (vem-e-vai)
os casais não mais se odeiam quando finda o amor (mãe-e-pai)
já consigo descansar mesmo tendo um lar ausente
a felicidade foi pra guerra e achou melhor vir cantar

os aero-modelos dão em árvore
tudo o que se planta dá
tudo o que se quer tem
tantas ruas na vida que nem consigo contar

(não dá mais pra ir de trem!)
chegamos no ponto final
da cirrose, do câncer, do fumo
do frio, da fome e do nome (dos inimigos de HQ)
da corrupta políti(ti)ca
da posse do amor
do esporte único

e da hipocrisia de se ter um dia
pra carnavalizar, pra sorrir, pra chorar
pra jejuar, pra compartilhar, doar
pra ver a vó, pra aspirar pó
pra se sentir só, re si sol dó
lá... lá lá lá lá lá lá lá lá

filho, acorda, mamãe vai passear
não abra a porta pra estranhos

vem-e-vai, mãe-e-pai, lar ausente, é melhor cantar
árvore, dá, doar, tem que contar trem, ponto final

tudo bem (eu tô legal), mamãe
Mamãe,
e se for a felicidade?

vem-e-vai, mãe-e-pai, lar ausente, é melhor cantar
árvore, dá, doar, tem que contar trem, ponto final

ciranda

no meio do quintal um coração
pulando a luz do sol a procurar
antigas cantigas de roda pra brincar de roda
no meio do quintal

pulando a luz do sol um coração
a procurar antigas cantigas de roda
pra brincar de roda em forma de oito ad infinito
no meio do quintal um coração

no meio do quintal um coração
pulando a luz do sol a procurar
antigas brincadeiras pra cantar
no meio do quintal

pulando a luz do sol um coração
a procurar antigas brincadeiras pra cantar
lembranças de um quintal no coração
passado de bonito

voar
voar

no meio do quintal um coração
com um passado passado de bonito
no meio do passado um coração
perdido

dia de referendo

Quantos amigos você não visita mais?
Daqueles que você chega, se acomoda e deita e rola de rir
Quantos momentos solitários, à luz do próprio quarto você preferiu passar?
Que coisa insólita!

Se a alegria reunida
Estava na sala de estar
De um amigo ignorado...

Eu vou pra lá, curtir a vida
Seguindo a ordem, quem não gostar se vista e saia
Tomar partido na briga dos amigos
E me mostrar capaz de conversar

Quantas bobagens você é capaz de suportar?
Daquelas que você ouve, se incomoda e começa a refletir
Qual momento eleitoral você foi capaz de ignorar?
Que coisa hipócrita!

Se o escolhido pelo povo
Não fará nada de novo...

Eu vou pra lá, seguir a vida
Curtindo a ordem, usar das drogas proibidas por lei (seca!)
Não se intrometa em minha decisão
A não ser que o seu discurso seja a única munição.

Eu vou pra lá, apreciar as vidas
Despreocupado, curtir as drogas permitidas por lei
Legislação da vida: se é "sim" ou "não" eu não sei.
Talvez um dia eu continue junto à solidão,
Mas hoje não!

Eu vou pra lá, curtir a vida
Seguindo a ordem, quem não gostar se vista e saia
Tomar partido na briga dos amigos
E me mostrar capaz de conversar

quinta-feira, junho 07, 2007

festa da zula (# 02)


Vai,
Contra o tempo.

# 01

sim, eu digo não

Se não devo negar algo
quando tenho que negar,
eu digo: não! e riem de mim.

Ofertam-me o caos, vindo na contramão,
de encontro à minha concepção
do certo e duvidoso.

Então, vejo-me obrigado a dizer que não:
"_Não! Não quero!", não me ouvem!
Tento negar, dizer não (só posso tentar dizer!).
Sim, nego. Digo: não! Digo quantas vezes for...
mas nem me ouvem (só posso tentar dizer!).

Sim, eu disse não, que não queria
Que bastava não rirem de mim.
Sim, eu disse não.
Sim, eu disse não.

Hoje culpam-me por ser negado também.
Culpam-me por negarem a mim
Como neguei, um dia, a alguém.

Então, vejo-me obrigado a dizer que não:
"_Não! Não quero!", não me ouvem!
Tento negar, dizer não (só posso tentar dizer!).
Sim, nego. Digo: não! Digo quantas vezes for...
mas nem me ouvem (só posso tentar dizer!).

em tempo de frio

Em tempo de frio é melhor nem se ver.
Frios gestos, toque amargo, pensamentos maus.
O dia não anda, não corre, não salta minha vida
que se encontra, mal se encontra, sem porquê.

Vejo-me tão cinza, em tom de branco falciforme.
Sorrio aos visitantes e, no entanto, o quanto choro
é suprimido e reprimido por meu dom.

O quanto minto não te importa,
e a porta está sempre aberta
pra quem quiser sair ou entrar,
pra quem quiser observar-me e até me ouvir.

Estou tão seguro quanto um bêbado (beijo) no asfalto.
Estou tão certo quanto um mais um são quatro.
E no meu quarto o que me resta é esperar
por quem não vai chegar...

O quanto minto não te importa,
e a porta está sempre aberta
pra quem quiser sair ou entrar,
pra quem quiser observar-me e até me ouvir.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

van gogh

Hei, estou sentado num quarto
Cheio de arte inabstrata (Van Gogh me chama!)
Sei qual é o meu caminho
Destino certo de um certo rapaz
Por mais que a vida queime a chama
Chama queima a mão

caixinha de música

Vai buscar o que pertence a mim que ficou pela estrada
Caminhando vou sem estacionar ou permanecer parado
Vou dançando, mas vou devagar até você chegar

Não vou mais cobrir de cor os olhos teus
Vou sem dizer adeus, nem mesmo um obrigado
Meu corpo sofre combustão. Não estão tentando apagar

Seu quarto ficará vazio. Ninguém vai se lembrar
de proteger você do escuro

Não vou mais te ouvir
Sei que isso eu fazia bem
Não há mais quem possa entender
o que havia no lugar do seu criado-mudo

Eu vou sumir. Minha vida útil vai terminar
Não mais haverá canção de ninar
Não me deixe dançar até cair, bailarina

Não vou mais cobrir de cor os olhos teus
Vou sem dizer adeus, ou mesmo um obrigado
Não me deixe dançar até cair

Vai buscar o que pertence a mim que ficou pela estrada
Não me deixe dançar até cair, bailarina

Não vou mais cobrir de cor os olhos teus
Vou sem dizer adeus, ou mesmo um obrigado
Não me deixe dançar até cair

Vai buscar o que pertence a mim que ficou pela estrada

mundo capital

Quando vejo alguma coisa que vai dar problema
Eu não esquento, nem me afobo, estou num mundo desigual.
Sei da dor de ser negado e, sem cansaço, mudo o meu humor
A violência disso tudo está em vivermos num mundo capital.

Meus pés encontram restos da pobreza pra chutar em cada esquina.
E, sem pensar (o que é natural no mundo desigual), mando pra cima.
Alguém acha que é lançamento e cabeceia, sai pra comemoração: "-É goool!"
E o placar da ignorância é aumentado pelo tal do futebol (quando...)

Compram a minha mão-de-obra por tostões que não dão nem pro pão.
Amassado pelo diabo, vou assar na mão do meu patrão.
No fim do mês o mínimo vem, o menino vem, o mendigo vem...
Me sinto o troco da sociedade, é claro!, estou no mundo capital.

Mas e daí se tem problemas, tal e coisa, falta grana... não faz mal.
O que importa é que semana que vem, meu bem, é carnaval!

É carnaval no país do futebol, do capital, é carnaval!

vigília

Vamos passear de mãos dadas sob o céu de anil
Gozar os prazeres da nossa imaginação
Vamos correr daquilo que nos faz trancar a porta,
Entupir a aorta, perder o olhar primaveril.

Vamos fazer caminhada de madrugada
No quintal da esperança monitorada(os) por satélite
Vamos lutar contra o que nos faz tremer:
o frio, a fome e o nome dos inimigos de HQ.

Braços ao ar e o controle nas mãos de quem
não se desfaz do amor à morte de alguém.
Braços ao ar e o controle nas mãos de quem
odeia quem não se desfaz do amor.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

despeço-me (sem dizer tchau)

À Danielle Portugal

Despeço-me das pessoas da rua.
Da janela, o máximo que sinto é saudade.
Nua, minha vida na cidade velha fica pra trás.
Nada me espera além do que me vem.

Não lembro do que ficou e não vejo mais,
nem faço questão de me perguntar,
pois questões era só o que me via fazer...

Quero viver sem ser capaz de responder a tudo.

Despeço-me sem dizer tchau.
Vou-me embora e não me preocupo em olhar pra trás
e ver além do que me volta à lembrança, e me cansa,
tentar continuar aquém do resto do mundo.

Não vejo ninguém indo do meu lado.
Não há pessoas fugindo do que eu fujo.
À frente só há pegadas
dos sonhos que, um dia, correram atrás de alguém.

Não vejo ninguém indo do meu lado.
Não há pessoas fugindo do que eu fujo.
À frente só há pegadas.
Foi-se o tempo em que se andava de mãos dadas.

medo

Música dedicada ao Zine Literário Demo Cognítio

Mundo, te vi hoje cedo
Olhei nos teus olhos
Confesso, tive medo.

Mundo, me indica um caminho seguro
Onde eu possa andar sozinho
Sem me perder no teu escuro.

Mundo, são tantas promessas de paz,
Ameaças de paz...

Mundo, o que mais me interessa
É ver que a conversa fiada foi paga
Por quem não se desprega da má conduta
Que desperdiça a paciência pública,
Nos colocando em meio à disputa estúpida.
Representação
Que ignora a inteligência súdita
Alguma coisa disfarçada de República.

Não tenho mais nada a dizer
Nem lágrimas.

Não tenho mais nada a expressar a não ser...

Está tudo bem, estou legal!
Não preciso de ajuda pra levantar!
Já me acostumei com o jeitinho brasileiro de ser.


Torturado, execrável
Burro de carga com sorriso estampado
domado, o melhor amigo do homem sem pedigree
Humilhado e permanentemente calado.


Me diz o porquê, me diz o porquê
Medo, medo, medo.

Não tenho mais nada a dizer
Nem lágrimas.

Não tenho mais nada a expressar a não ser...

déjà vu

as visões do passado vigiam meu quarto vazio.
as paredes, o chão e o teto não estão no devido lugar.
a paz dos meus passos de agora se escondem do mundo e de mim,
mas se mostram em meu dé jà vu.

medos, desordem. não sou quem você quer ver.
meus atos e os ritos não vão desaparecer.
receio que os gritos não consigam te convencer
que o pior há de vir e há de nos encontrar bem aqui.

medos, desordem. não sou o que você quer ouvir
meus gritos, meus desagrados vão te afugentar daqui
receio que o pior há de vir transformar nossos sonhos
quando nos encontrar. quando? quando?

nossas criações e reações orientam meu caminhar
me protege do frio, purificam meu sangue.

veja o que os nossos sonhos viraram: história, história.
veja o que os nossos sonhos viraram: história.

quando as visões do passado deixarem meus passos em paz
você descobrirá que não há nada além de um espelho pra ver...

medos, desordem. não sou o que você quer ver
meu rosto, meus gritos não vão desaparecer
receio que o pior há de transformar nossos sonhos
quando nos encontrar. estamos esperando.

primeiro segredo

tenho saudade cansada dos problemas que já resolvi.
tenho saudade de casa, cada caso um reflexo de si.
tenho saudade da rua onde cresci e sentia um pouco de medo.
hoje toneladas de ódio asfaltam meu primeiro segredo.

meus cuidados te roubaram meu passado pequeno.

anestesia

o que acontece com você
os teus olhos vão mostrar
desagrados, desprazer
então se questionar.

tudo com e/ou sem porquê.
não consegue processar.
vê, embora não sinta (não dá tempo, não dá tempo!).
os carros passam mais devagar.

se cansa, ainda sente frio.
não há razão pra chorar (não é direito não!).
lá fora a chuva cai.

o que me cobre o corpo de dentro não sai
aqui fora o mundo em queda
se entristeço, se me estresso, mas não tenho direito,
eu faço das palavras da chuva as minhas.

o que me dói por tudo o que eu vi
não faz daqui um bom lugar pra vir ver.
desagrados, anestesia.
não basta mais fechar os olhos pra se esconder.

lá fora a chuva cai.
não há mais quem a proteja (está jogada ao léu).
se entrega às lágrimas do céu.

perfídia

música dada de presente de aniversário a luiza camilo
em agosto de 2005

demais, bem que eu queria ser.
tenaz, dos tolos o menor.
que mãos me lavam sem saber
dos males o pior?

fugaz anoitecer do qual
meu corpo, inerte, não se refaz.
silêncio!
me sinto entre feras
as quais deveras criei.

se vai acontecer de novo: não! distinto "não" declarei.
me envolvo em caminhos os quais, pro seu bem, não seguirás.
se vai acontecer, de novo:'não! distinto, não me entreguei.
envolto por espinhos, a dor de um abraço a defenderá.

demais bem que eu podia ser
fugaz, dos amores o menor
apraz anoitecer do qual
minha memória não se desfaz.

se vai acontecer de novo: não! distino "não" declarei.
me envolvo em caminhos os quais, pro seu bem, não seguirás.
se vai acontecer, de novo: não! distinto, não me entreguei.
envolto por espinhos, a dor de um abraço a defenderá.

se vai acontecer?: não sei. na escuridão me entreguei.
me envolvo em caminhos dos quais não saberei retornar.
se vai a história de nós dois,
noites de beijos-segredo,
perfídia.

liberdade

(co-autoria de virgínia rezende)

por que essa busca incessante nunca acaba?
estar sempre atrás de uma coisa que se quer?
por que essa busca redundante nunca acaba?
estar sempre atrás de uma coisa que se quer?

e que não existe. e que não existe.
e que não existe. ou até existe,
mas está fora de alcance.

por que nunca a sentimos? por que ela já não faz
parte da vida como todo sofrimento que causa sem estar presente?
por que nunca a sentimos? por que ela já não faz
parte da vida como todo sofrimento que causa sem estar presente?

pra que tanta dor por uma coisa
que não se conhece e não se toca?
dizer que precisa se nunca teve que
lutar por essa tola liberdade...

a repetição é uma forma de argumentação
a repetição é uma forma de argumentação
uma mentira dita cem vezes torna-se verdade.
eu grito uma mentira: liberdade.

a repetição é uma forma de argumentação

a repetição é uma forma de argumentação
uma mentira dita cem vezes torna-se verdade.
eu grito uma mentira: liberdade.

a repetição é uma forma de argumentação.
a repetição é uma forma de argumentação.

impaciência

impaciência com a ciência
cuja lógica me desafia.

consciência: ser sem ter com o que,
querer ser sem ter o que sequer.

se há alguém que o é,
ou se brinco com palavras que deveras não conheço,
é por nada, por luxo,
por máscara pra burro.

enquanto tomo chuva esperando o almoço,
seu moço vem chegando, arrastando minhas paixões.
o resto do meu tempo penso nisso, desisto
e acho graça do que sinto, embora a raiva prevaleça.
seja lá o que aconteça, não mereço nem migalhas
do resto que o seu moço me deixou.
e nem sob tortura, não importa a cura
não perguntarei a alguém por que assim estou.

se há alguém que o é,
ou se brinco com palavras que deveras não conheço,
é por nada, por luxo,
por máscara pra burro.

desculpe-me se me expresso mal, meu caro animal!
mas é que só me comunico e só, comunico-me comigo.
só me comunico a quem se diz meu amigo.

minto! me comunico quando só.

terça-feira, janeiro 30, 2007

adeus

good bye. adeus, bye-bye.
e vai seguir seu destino.
e mais que qualquer um,
sinto sua falta. e mais que um qualquer...

vale o sonho feito quando o dinheiro quer.
e mais que um sem jeito, sem sonho,
sou qualquer qualquer.
por isso, venha!

siga-me.
diga o que quiser dizer de minha própria parte,
seu filho do medo de quem quase pare e mata!

quiçá um sonho bastardo. e hoje, cadê você?
cadê o sonho que eu nunca tive vontade de ter,
cadê o sonho que eu nunca tive vontade de ter...
perdido.

obrigado por nada

"-digo indignado: - óh!, tal trabalho!"
- o meu é bem pior que o teu.
tu andas com teu carro importado
e eu, meu irmão, mal pago aluguel!
pois pago escola, casa e tenho aos montes
filhos em "escada rolante".

não desisto. vou adiante. sempre em frente! não desista! (ordem militar)
não desisto. vou adiante. sempre em frente! não desista! (ordem militar)

sigo sempre as regras da lei (mentira!)
se sei, ouvi, e se não sei, simples:
tinha que decifrar.
pois, quando o galo canta às 5 a.m.,
tá na hora da vaquinha ordenhar.

e blá blá blá!
o que eu digo ninguém ouve
e, nem ao menos, se esforça.
grato pela ajuda. obrigado. vá com deus!
que a fome não conheça belas almas, filhos teus.

trabalho, vida.
vivo a falência.
em contrapartida,
luto contra a indigência.