quarta-feira, junho 18, 2008

Cidade mar

a Juliana Junqueira

Da cidade fiz o mar e saltei
Mergulhei no coração (não sei de quem)
Da cidade fiz o caos e não me importei
Em saber o seu nome (em dizer o meu nome)

Quase inundei seus problemas
Afoguei sua dor
E com a ponta dos pés quase toquei bem no fundo do seu mal-humor

Lembro-me de dizer:
“Sou contrário daquilo que você vês.
Não vou me afogar”

Da saudade fiz o mar e saltei
Mergulhei na ausência de alguém
Da saudade fiz o caos e não me importei
Em dizer o seu nome (em lembrar do seu nome)

Inundei-me nos problemas
Afoguei-me na dor
Com a ponta dos pés toquei bem no fundo do meu mal-humor

Sem querer levantar, lembro-me de dizer:
“Sou contrário daquilo que vês” Eu menti.
Me afoguei,
me afoguei,
me afoguei

Ao contrário do que me disseste Fui capaz de mergulhar
Sou contrário do que simplesmente parece Nunca fui de enganar
Você tinha razão, eu não pude agüentar Afundei (Naufraguei)

Mas a razão nunca me abandonou
O meu corpo afundou como bem planejei
Foi a última prova de amor que pude lhe dar
Se afundei foi por ter amor demais, amor demais,
amor demais...

...pra você nadar