quinta-feira, junho 07, 2007

em tempo de frio

Em tempo de frio é melhor nem se ver.
Frios gestos, toque amargo, pensamentos maus.
O dia não anda, não corre, não salta minha vida
que se encontra, mal se encontra, sem porquê.

Vejo-me tão cinza, em tom de branco falciforme.
Sorrio aos visitantes e, no entanto, o quanto choro
é suprimido e reprimido por meu dom.

O quanto minto não te importa,
e a porta está sempre aberta
pra quem quiser sair ou entrar,
pra quem quiser observar-me e até me ouvir.

Estou tão seguro quanto um bêbado (beijo) no asfalto.
Estou tão certo quanto um mais um são quatro.
E no meu quarto o que me resta é esperar
por quem não vai chegar...

O quanto minto não te importa,
e a porta está sempre aberta
pra quem quiser sair ou entrar,
pra quem quiser observar-me e até me ouvir.

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